segunda-feira, 9 de julho de 2007

O AMADURECER




Hoje eu acordei com um ar de profundidade nos pulmões। Todos os meus atos, atividades e reflexões estão refletindo isso। Tantas questões atormentam esta Aquariana aqui, que visando não me perder em meio a tantas perguntas me seguro em minhas poucas certezas। Ah, claro, atormentam no bom sentido, as tempestades sempre me atingem de maneira mais positiva que negativa!
Ao som de tantos poetas, com suas angustias, medos, paixões, amores, dúvidas particulares, vou mergulhando. Viajante, como uma criança, com aquela ingenuidade saudável que tende a se perder no cotidiano, talvez por resultado do tempo na sua forma mais bruta.
Cazuza, Roberto Carlos, Rita Lee, Lenine, Marisa Monte, Maria Bethânia, Chico, Tom Jobim....meus irmãos camaradas!
Tenho por costume escutar muito a música brasileira, até mesmo porque, ao ouvir é como se houvesse um diálogo, consigo viajar com algumas músicas como se estivesse dentro delas. Vocês conhecem a música Ainda Bem da Vanessa da Mata? Nossa... a melodia, a letra, é como se andasse por uma cidade pequena (se é que ainda existe alguma). Consigo imaginar as pessoas caminhando, algumas tomando chimarrão. O caminhar apressado daqueles que passam pela praça da alfândega no fim de tarde misturado com o observar daqueles ali sentados, é mágico!
Nesses últimos tempos, tenho prestado mais atenção a pequenas coisas, tentando recolher pra perto meu retrato mais feio, meu retrato mais bonito. Estou plantando flores no meu jardim recolhendo alguns espinhos. Dizem que conhecer a si mesmo é amadurecer...
O que é a maturidade afinal? Para muitos a maturidade é conseqüência do passar dos anos, mas, quanto mais o tempo passa, mais eu discordo dessa idéia. Já dizia Shakespeare: "Aprende que maturidade tem mais a ver com os tipos de experiência que se teve e o que você aprendeu com elas do que com quantos aniversários você celebrou. "
Na verdade, a meu ver, a maturidade de que falamos nem existe, é como uma busca constante, infinita, incompleta। Sentir-se maduro é sentir-se preparado para enfrentar desafios, compreendendo-os e enfrentando-os। Mas nunca saberemos quais os próximos desafios, nunca saberemos se estaremos mesmo prontos para enfrentá-los! Na maioria das vezes, a vida não nos dá todo esse tempo।
Não será a maturidade uma daquelas “coisas” de que temos em alguns momentos da vida, como a felicidade? De fato, não sei, oscilo entre uma menina e uma mulher, e na bem da verdade, espero que assim seja pra sempre। A maturidade que tudo compreende tem um quê de dureza, tem um quê de pedra, de terra। Quero ser menina moleca para poder mergulhar nas dúvidas como a água, ser fogo, ter a liberdade do vento। Talvez ... talvez a maturidade seja a complementação, seja os quatro elementos, um equilíbrio dos mesmos।
Sigo a pensar, a duvidar...da existência do completo, do finito! A maturidade, a felicidade, ambas divididas em vários momentos ganham um Q de fantástico!

domingo, 8 de julho de 2007

Reconhecimento Motivador!


Para minha primeira publicação resolvi falar de algo que, sinceramente, me deixou muito emocionada,feliz e com uma certa pulga atrás da orelha! Vou falar desses 3 sentimentos separadamente, tentando relatar o que cada um representou pra mim। Para aqueles que acompanharam meu estágio na FASC, o que vou escrever vai ser de fácil entendimento e identificação। Para os demais seguirei escrevendo sobre essa experiência maravilhosa, que tive durante os quase 8 meses que estagiei com uma turma de adolescentes। Tenho certeza que e futuramente tudo ficará mais claro! Ontem a noite estava deitada eu, minha gripe e a chateação por não ter sido selecionada para um evento que me renderia preciosos recursos financeiros. Fiquei lá, como se nada que eu estivesse fazendo profissionalmente estivesse sendo reconhecido por quem quer que seja, estava triste, me sentindo uma verdadeira inútil! Ainda esperançosa por uma ligação do pessoal da Agência atendi o meu celular que tocara...fiquei uns 2 minutos para identificar quem estava do outro lado da linha...e PIMBA.....quando os meninos se identificaram, percebi quanto inútil estava sendo a minha choradeira deitada naquele sofá, aquecida por cobertores limpos e assistindo a uma partida de futebol. Do outro lado da linha, dois dos jovens, meus alunos, me alertavam, sem querer, de minha rebeldia fácil, da minha brabeza infundada e hipócrita. Já fazem alguns meses que deixei o programa, poucos jovens continuaram cursando o Agente Jovem, a maioria se formou e de poucos tenho notícias. Aquela ligação repleta de uma saudade de ambos os lados, foi primeiramente emocionante, a preocupação dos jovens, ter notícia deles, de suas vidas...ao longo da conversa fui ficando feliz! Por mais bobo que possa parecer esse relato, não foram poucas as lições que tirei desse momento. Antes de atender ao telefone dos meninos, não conseguia imaginar a realização de nenhuma atividade profissional de sucesso. Lembro de uma pergunta primordial que me fizeram: "Tá trabalhando Sora?Não vai voltar pro AGENTE JOVEM?"... Como ficar deitada no sofá sem perspectiva nenhuma depois de ouvir isso? Seria como fazer tudo as avessas, contradizer tudo que disse diversas vezes pra eles. Como fazer isso, se DE FATO, não me falta nada de que é necessário e fundamental para viver e trabalhar? Quantas vezes nos deixamos abalar por coisas tão banais e possivelmente passageiras, por estarmos tão acostumados as facilidades!? Dentre tantas coisas que aprendi nessa ligação, é que CHORAR DE BARRIGA CHEIA é mesmo muito fácil e cômodo!

Fiquei envergonhada da minha postura infantil e (não gosto muito desse termo, mas ele é bem adequado para o que desejo provocar) burguesa, talvez o exemplo sirva para algum tipo de reflexão!