quinta-feira, 13 de setembro de 2007

Shakespeare...

Algumas reflexões parecem permanentes e continuas durante todo a caminhada de vida...


Depois de algum tempo você aprende a diferença, a sutil diferença entre dar a mão e acorrentar a alma. E você aprende que amar não significa apoiar-se, e que companhia nem sempre significa segurança.
E começa a aprender que beijos não são contratos e presentes não são promessas. E começa a aceitar suas derrotas com a cabeça erguida e olhos adiante, com a graça de um adulto e não com a tristeza de uma criança.
E aprende a construir todas as suas estradas no hoje, porque o terreno do amanhã é incerto demais para os planos, e o futuro tem o costume de cair em meio ao vão. Descobre que as pessoas com quem você mais se importa na vida são tomadas de você muito depressa, por isso sempre devemos deixar as pessoas que amamos com palavras amorosas, pode ser a última vez que as vejamos.
Aprende que as circunstâncias e os ambientes tem influência sobre nós, mas nós somos responsáveis por nós mesmos. Começa a aprender que não se deve comparar com os outros, mas com o melhor que pode ser.
Descobre que se leva muito tempo para se tornar a pessoa que quer ser, e que o tempo é curto. Aprende que não importa onde já chegou, mas onde está indo, mas se você não sabe para onde está indo, qualquer lugar serve. Aprende que maturidade tem mais a ver com os tipos de experiência que se teve e o que você aprendeu com elas do que com quantos aniversários você celebrou.
Aprende que não importa em quantos pedaços seu coração foi partido, o mundo não pára para que você o conserte. Aprende que o tempo não é algo que possa voltar para trás. Portanto, plante seu jardim e decore sua alma, ao invés de esperar que alguém lhe traga flores. E você aprende que realmente pode suportar... que realmente é forte, e que pode ir muito mais longe depois de pensar que não se pode mais. E que realmente a vida tem valor e que você tem valor diante da vida!(Shakespeare)

domingo, 2 de setembro de 2007

Dialogando sobre a Educação




E-mail que enviei para minha professora de Sociologia da Educação.


Fica a minha reflexão, principalmente para aqueles que seguiram ou seguirão a carreira de professores!






Professora, senti uma enorme vontade de tentar me explicar melhor sobre algumas idéias que tentei expor em sala de aula. Infelizmente, ou felizmente creio que tenho mais facilidade em expressar minhas idéias e questionamentos por meio das palavras escritas.


Meu nome é Angela Nogueira Cortimiglia, sou tua aluna na cadeira de Sociologia da Educação, que é ministrada nas noites de quinta-feira. Hoje relatei minha experiência como orientadora no Programa Agente Jovem de Desenvolvimento Social e Humano. Começei a refletir sobre algumas grandes questões durante a aula, que a meu ver são muito sérias e válidas para uma contínua reflexão. A verdade é que saí da aula mais cedo, pois não me aguentava, estava cheia de questionamentos e precisava pensar a respeito, sem colocar ainda mais dúvidas! (hehehehe)


O pensamento liberal sobre a Educação coloca algumas questões que são, ao meu ver, muito interessantes, como o fato da educação ser vista como uma "escada", possibilitando a ascensão social. Meu questionamento é o seguinte, todos nós que cá estamos, na universidade, em certa medida concordamos que estar na universidade representa um fator de crescimento. No entanto, o que foi levantado na aula, foi apenas o questionamento em relação a questao financeira e econômica. Não creio que todos meus colegas que lá estavam presentes tem a idéia de que ao concluirem a Universidade terão seguramente emprego e vida econômica estável. Ao menos eu não tenho mais essa idéia. Mas, há algo que quero salientar, não concordaremos todos de que, a educação de forma geral, propicia a formação de seres questionadores, pensantes? Ou pelo menos deveria propiciar?


Quando penso na idéia da educação como meio para a ascensão social, talvez utopicamente devido a atual conjultura, não penso em ascensão econômica. Se pensasse em ascensão econômica provavelmente seria correto dizer aos meus orientandos que o mundo do tráfico, de fato remunera muito melhor ao seu "profissional" do que o estado aos seus professores. Mas e a idéia de que com o estudo as pessoas podem realmente escolher, entender? Querer mudar as bases de desigualdade econômica do país é algo complexo demais. Não sei o que vem primeiro, o ovo ou a galinha, a educação e a reflexão sobre a realidade ou a igualdade econômica. Não será a educação uma possivel fonte de libertação desse círculo vicioso? Se as pessoas começarem a se questionar mais sobre a realidade, não será mais justo?


Não se trata de ser ou não alguem, todos somos, mas de entender o que isso representa e as diversas opções que o mundo oferece. O que estou questionando, agora me parece claro, é o papel da educação. Talvez uma revolução pacífica, revolução de idéias, lenta e que nos encaminhe para outro tipo de sociedade. Um outro tipo de sociedade que não tento determinar, pois acho que o simples fato de ter uma sociedade pensante já serie espetacular!

quinta-feira, 30 de agosto de 2007

O AMOR ...Aaa o amor....!!!


As palavras de amor são completas e limitadas... invejáveis formas de traduzir o indescritível!

"Quando a luz dos olhos meus


E a luz dos olhos teus resolvem se encontrar

Ai que bom que isso é meu Deus que frio que me dá o encontro desse olhar

Mas se a luz dos olhos teus resiste aos olhos meus só pra me provocar

Meu amor, juro por Deus me sinto incendiar

Meu amor, juro por Deus que a luz dos olhos meus já não pode esperar

Quero a luz dos olhos meus na luz dos olhos teus sem mais lará-lará

Pela luz dos olhos teus eu acho meu amor que só se pode achar

Que a luz dos olhos meus precisa se casar." (Vinícius de Moraes)





quinta-feira, 23 de agosto de 2007

De volta...!!!!


Pois bem, cá estou, de volta aos meus textos depois de cerca de quarenta dias de abandono total de minhas produções textuais. Mas saibam que durante esses dias não fiquei parada não, estive em contato direto com muitas crianças, primeiro no mundo encantado da Barbie e logo depois engatando outra promoção que tinha como tema os desenhos da Discovery Kids.
Trata-se de um retorno especial, com vivências que acrescentaram tanto pra o que sou como pessoa, modificando um pouco de minha identidade, meus ideiais, como acrescentando a possibilidade de inserção em outro campo profissional diferenciado. Para quem não tem conhecimento, estou trabalhando como promotora em eventos desde o mês de maio. Essas duas últimas promoções que participei foram muito especiais. Diferente das outras promoções que realizei, essas duas contavam com um grupo imenso de profissionais, promotores como eu, jovens em sua maioria, o que facilitou ainda mais a criação de um vinculo muito bacana, muito especial. Não menos importante do que os laços de amizade que se firmaram a partir desses dois eventos, foi importante perceber como é especial trabalhar com crianças, especialmente quando o assunto é o mundo mágico que as mesmas constroem e a possibilidade de participar da construção de conhecimentos e aprendizados de maneira tão encantadoramente dinâmica. Mas este será o assunto de minha próxima publicação.
Agora estou em fase de adaptação, com a cabeça cheia de planos, sonhos e vontades. Contagiada pelo encantamento infantil, pela simplicidade com que as crianças enchergam as coisas e encaram as mesmas. Voltando ao meu lugar, é assim que me sinto, DE VOLTA A UNIVERSIDADE! Agora com mais sentidos, com mais legitimidade, depois de ter batalhado tanto para essa volta, dando ainda mais valor a essa oportunidade.
Com o apoio de familiares, amigos-irmãos e contando principalmente com a força aplicada e a força oculta da atração, volto a universidade e mergulho meu cérebro na busca sedenta por conhecimento.

"Concordo contigo Descartes!Adimirada seja a dúvida que provoca a sede por conhecimento!"

Observação: Olhares atentos a decisão do Supremo em relação aos 40 picaretas do Mensalão! Tentem acompanhar as defesas dos advogados dos respectivos, não há nada mais deprimente e assustador!

segunda-feira, 9 de julho de 2007

O AMADURECER




Hoje eu acordei com um ar de profundidade nos pulmões। Todos os meus atos, atividades e reflexões estão refletindo isso। Tantas questões atormentam esta Aquariana aqui, que visando não me perder em meio a tantas perguntas me seguro em minhas poucas certezas। Ah, claro, atormentam no bom sentido, as tempestades sempre me atingem de maneira mais positiva que negativa!
Ao som de tantos poetas, com suas angustias, medos, paixões, amores, dúvidas particulares, vou mergulhando. Viajante, como uma criança, com aquela ingenuidade saudável que tende a se perder no cotidiano, talvez por resultado do tempo na sua forma mais bruta.
Cazuza, Roberto Carlos, Rita Lee, Lenine, Marisa Monte, Maria Bethânia, Chico, Tom Jobim....meus irmãos camaradas!
Tenho por costume escutar muito a música brasileira, até mesmo porque, ao ouvir é como se houvesse um diálogo, consigo viajar com algumas músicas como se estivesse dentro delas. Vocês conhecem a música Ainda Bem da Vanessa da Mata? Nossa... a melodia, a letra, é como se andasse por uma cidade pequena (se é que ainda existe alguma). Consigo imaginar as pessoas caminhando, algumas tomando chimarrão. O caminhar apressado daqueles que passam pela praça da alfândega no fim de tarde misturado com o observar daqueles ali sentados, é mágico!
Nesses últimos tempos, tenho prestado mais atenção a pequenas coisas, tentando recolher pra perto meu retrato mais feio, meu retrato mais bonito. Estou plantando flores no meu jardim recolhendo alguns espinhos. Dizem que conhecer a si mesmo é amadurecer...
O que é a maturidade afinal? Para muitos a maturidade é conseqüência do passar dos anos, mas, quanto mais o tempo passa, mais eu discordo dessa idéia. Já dizia Shakespeare: "Aprende que maturidade tem mais a ver com os tipos de experiência que se teve e o que você aprendeu com elas do que com quantos aniversários você celebrou. "
Na verdade, a meu ver, a maturidade de que falamos nem existe, é como uma busca constante, infinita, incompleta। Sentir-se maduro é sentir-se preparado para enfrentar desafios, compreendendo-os e enfrentando-os। Mas nunca saberemos quais os próximos desafios, nunca saberemos se estaremos mesmo prontos para enfrentá-los! Na maioria das vezes, a vida não nos dá todo esse tempo।
Não será a maturidade uma daquelas “coisas” de que temos em alguns momentos da vida, como a felicidade? De fato, não sei, oscilo entre uma menina e uma mulher, e na bem da verdade, espero que assim seja pra sempre। A maturidade que tudo compreende tem um quê de dureza, tem um quê de pedra, de terra। Quero ser menina moleca para poder mergulhar nas dúvidas como a água, ser fogo, ter a liberdade do vento। Talvez ... talvez a maturidade seja a complementação, seja os quatro elementos, um equilíbrio dos mesmos।
Sigo a pensar, a duvidar...da existência do completo, do finito! A maturidade, a felicidade, ambas divididas em vários momentos ganham um Q de fantástico!

domingo, 8 de julho de 2007

Reconhecimento Motivador!


Para minha primeira publicação resolvi falar de algo que, sinceramente, me deixou muito emocionada,feliz e com uma certa pulga atrás da orelha! Vou falar desses 3 sentimentos separadamente, tentando relatar o que cada um representou pra mim। Para aqueles que acompanharam meu estágio na FASC, o que vou escrever vai ser de fácil entendimento e identificação। Para os demais seguirei escrevendo sobre essa experiência maravilhosa, que tive durante os quase 8 meses que estagiei com uma turma de adolescentes। Tenho certeza que e futuramente tudo ficará mais claro! Ontem a noite estava deitada eu, minha gripe e a chateação por não ter sido selecionada para um evento que me renderia preciosos recursos financeiros. Fiquei lá, como se nada que eu estivesse fazendo profissionalmente estivesse sendo reconhecido por quem quer que seja, estava triste, me sentindo uma verdadeira inútil! Ainda esperançosa por uma ligação do pessoal da Agência atendi o meu celular que tocara...fiquei uns 2 minutos para identificar quem estava do outro lado da linha...e PIMBA.....quando os meninos se identificaram, percebi quanto inútil estava sendo a minha choradeira deitada naquele sofá, aquecida por cobertores limpos e assistindo a uma partida de futebol. Do outro lado da linha, dois dos jovens, meus alunos, me alertavam, sem querer, de minha rebeldia fácil, da minha brabeza infundada e hipócrita. Já fazem alguns meses que deixei o programa, poucos jovens continuaram cursando o Agente Jovem, a maioria se formou e de poucos tenho notícias. Aquela ligação repleta de uma saudade de ambos os lados, foi primeiramente emocionante, a preocupação dos jovens, ter notícia deles, de suas vidas...ao longo da conversa fui ficando feliz! Por mais bobo que possa parecer esse relato, não foram poucas as lições que tirei desse momento. Antes de atender ao telefone dos meninos, não conseguia imaginar a realização de nenhuma atividade profissional de sucesso. Lembro de uma pergunta primordial que me fizeram: "Tá trabalhando Sora?Não vai voltar pro AGENTE JOVEM?"... Como ficar deitada no sofá sem perspectiva nenhuma depois de ouvir isso? Seria como fazer tudo as avessas, contradizer tudo que disse diversas vezes pra eles. Como fazer isso, se DE FATO, não me falta nada de que é necessário e fundamental para viver e trabalhar? Quantas vezes nos deixamos abalar por coisas tão banais e possivelmente passageiras, por estarmos tão acostumados as facilidades!? Dentre tantas coisas que aprendi nessa ligação, é que CHORAR DE BARRIGA CHEIA é mesmo muito fácil e cômodo!

Fiquei envergonhada da minha postura infantil e (não gosto muito desse termo, mas ele é bem adequado para o que desejo provocar) burguesa, talvez o exemplo sirva para algum tipo de reflexão!